Conheça um pouco da história do Guia Michelin

Conheça um pouco da história do Guia Michelin

Publicado pela primeira vez em 1900, com o passar dos anos, se tornou um importante guia turístico e gastronômico. Além disso, o Guia Michelin reconhece os melhores chefs e restaurantes, que são premiados com as famosas estrelas Michelin após um criterioso processo de avaliação.

Andre Michelin
O nome “Michelin” é bastante conhecido pelos donos de carros, afinal, é a marca de um famoso pneu, e, se você estiver imaginando que isso tudo é uma coincidência, continue a leitura que logo conseguirá entender.

O guia foi criado em 1900 pelos irmãos André e Édouard Michelin — fundadores da empresa fabricante dos famosos pneus Michelin. Entretanto, a história da companhia começa um pouco antes disso: fundada em 1889, seu primeiro sucesso foi uma patente para pneus de bicicleta, em 1891. Depois, surgiram os pneus automotivos, que suportavam uma velocidade acima de 100 km/h.

Para divulgar os seus pneus e incentivar as viagens de carro, que não eram tão comuns naquela época, já que o número de automóveis era bem menor, os irmãos Michelin resolveram criar um guia de turismo com mapas e dicas sobre a região.

Reconhecendo a crescente influência da seção de restaurantes do guia, os irmãos Michelin também recrutaram uma equipe de clientes ocultos – ou inspetores de restaurantes, como os conhecemos hoje – para visitar e rever restaurantes anonimamente.

Edouard Michelin
Em 1926, o guia começou a conceder as estrelas aos restaurantes em destaque, inicialmente marcando-os apenas com uma única estrela. Cinco anos depois, uma hierarquia de zero, uma, duas e três estrelas foi introduzida e, em 1936, os critérios para os rankings estrelados foram publicados.

O guia vermelho, distribuído gratuitamente aos motoristas, tinha 400 páginas e apresentava informações sobre viagem e cuidados com o automóvel, com dicas sobre onde comer e beber, como trocar o pneu e locais para abastecer o carro, por exemplo.

Após alguns anos de publicação, o guia passou a classificar restaurantes e hotéis. A estratégia deu tão certo, que ele se tornou uma importante ferramenta de consulta sobre o assunto. Além disso, as estrelas Michelin se transformaram em um padrão de qualidade para os estabelecimentos.

Hoje em dia, o Guia Michelin engloba mais de 30 destinos pela Europa, Américas e Ásia e avalia mais de 30 mil locais. Além da edição com capa vermelha, que é a principal, há, ainda, as versões verde, prática e gourmand.

Os guias verde e prático são turísticos. O primeiro apresenta dicas sobre patrimônios naturais e históricos de diversos destinos. O Guia Prático Michelin, por sua vez, é voltado para viajantes individuais e aborda informações mais objetivas. Já o gourmand traz restaurantes típicos de regiões da França e do mundo.

Capa vermelha
As primeiras versões já traziam a capa vermelha, tradição mantida até hoje e a principal publicação do grupo. É no guia vermelho que estão os melhores hotéis e os restaurantes de cada destino. Ele é publicado em inúmeros países, incluindo França, Itália, Espanha, Portugal e Japão.

Desde o início, o Guia Michelin utiliza uma linguagem de símbolos para a avaliação, com o objetivo de ser compreendido em qualquer lugar do mundo. No caso do setor gastronômico, os símbolos são:

  • estrelas: uma, duas ou três estrelas indicam os melhores restaurantes da região;
  • símbolo do mascote: o rosto do mascote da marca destaca os estabelecimentos da categoria Bib Gourmand. Ela foi lançada em 1997 para reconhecer os empreendimentos que oferecem uma boa refeição por um bom custo-benefício;
  • símbolos de talheres: demonstram o conforto e a qualidade do local. A classificação máxima é de cinco pares de garfos e facas, conquistada por estabelecimentos de luxo no estilo tradicional;
  • símbolo de prato e talheres: representa a categoria “O prato Michelin”, que foi lançada em 2016 para prestigiar restaurantes que servem boa comida, com produtos frescos e cuidadosamente preparados.